Revista Coletivo Cine-Fórum | v. 3 - n. 1 | jan-abr | 2025 | ISSN: 2966-0513 | DOI: 10.63418/rccf.v3i1.86
Submetido em: 23/03/2025 ◦ Aceito em: 01/04/2025
Betania Vasconcelos da
MASCULINIDADES EM TENSÃO: DESAFIOS E RUPTURAS NOS
Cruz
CONTOS LA VITROLA E VER PARA CRER
Mestrado em Letras pela
UEMS (2019) e Doutorado
em Estudos de Linguagens
pela UFMT (2024). Integra
o Grupo de Pesquisa
SEMIC - Semióticas
Contemporâneas.
RESUMO
Este artigo analisa as construções da masculinidade nos contos La vitrola (Josefina Plá,
1953) e Ver para creer (Ángeles Mastretta, 2007), explorando o papel do homem na família
e na sociedade, bem como as dinâmicas de gênero que permeiam essas narrativas. Ambos
os textos apresentam diferentes representações da masculinidade, contrastando modelos
tradicionais e opressores com figuras que desafiam normas estabelecidas. Em La vitrola, o
protagonista Cepí, um jovem trabalhador, rompe com os padrões sociais ao se casar com
Delpilar, uma mulher negra e mais velha. O casal enfrenta forte resistência da sociedade, e
Cepí sofre intensa pressão para abandonar sua esposa, evidenciando o peso do preconceito
e da discriminação. O conto aborda questões como racismo, etarismo e hipocrisia social, ao
mesmo tempo que propõe uma visão alternativa da masculinidade, baseada no afeto e na
resistência contra normas opressoras. Já em Ver para creer, a narrativa segue Paula, uma
mulher que dedicou sua vida ao marido, um político egocêntrico que a troca por uma mulher
mais jovem. Após diversas tentativas de suicídio, Paula se reinventa e se torna uma executiva
bem-sucedida. O conto critica a masculinidade pautada no poder e na ausência de empatia,
revelando a desigualdade de gênero presente nas relações afetivas e sociais. Como suporte
teórico, utilizamos as obras e estudos de Carla Akotirene (2019), Gerda Lener (1990),
Antonio Candido (2006), dentre outros. Dessa forma, o estudo evidencia como as autoras
utilizam a interseccionalidade de gênero, classe e etnia para questionar concepções
tradicionais de masculinidade e sugerir novas perspectivas sobre as relações de poder.
Maria Elisa Rodrigues
Moreira
Doutora em Estudos
Literários pela UFMG.
Docente do PPG em
Estudos de Linguagem da
UFMT. Integra os Grupos
de Pesquisa SEMIC -
Semióticas
Contemporâneas,
Palavras-chave: Conto; Josefina Plá; Ángeles Mastretta; Interseccionalidade;
Masculinidade.
CRITICUM - Correntes
críticas modernas e
contemporâneas e é
coordenadora do Grupo de
Estudos Palomar -
Diálogos com Italo
Calvino. Publicou os
seguintes livros: Coleção,
arquivo, biblioteca: a
literatura de Borges e
Calvino (2019), Cruzando
fronteiras: literatura,
interartes, intermídia
(2020), Intermídias,
transmídias e estudos
culturais (2021).
MASCULINIDADES EN TENSIÓN: RETOS Y RUPTURAS EN LOS
HISTORIOS LA VITROLA Y VER PARA CREER
RESUMEN
Este artículo analiza las construcciones de la masculinidad en los cuentos La vitrola (Josefina
Plá, 1953) y Ver para creer (Ángeles Mastretta, 2007), explorando el papel del hombre en la
familia y la sociedad, así como las dinámicas de género que atraviesan estas narrativas.
Ambos textos presentan diferentes representaciones de la masculinidad, contrastando
modelos tradicionales y opresivos con figuras que desafían las normas establecidas. En La
vitrola, el protagonista Cepí, un joven trabajador, rompe con los estándares sociales al
casarse con Delpilar, una mujer negra y mayor que él. La pareja enfrenta una fuerte
resistencia por parte de la sociedad, y Cepí sufre una intensa presión para abandonarla, lo
que evidencia el peso del prejuicio y la discriminación. El cuento aborda cuestiones como el
racismo, el edadismo y la hipocresía social, al tiempo que propone una visión alternativa de
la masculinidad basada en el afecto y en la resistencia a las normas opresivas. Por otro lado,
en Ver para creer, la narrativa sigue a Paula, una mujer que dedicó su vida a su esposo, un
político egocéntrico que la abandona por una mujer más joven. Tras varios intentos de
suicidio, Paula logra reinventarse y convertirse en una ejecutiva exitosa. El cuento critica
una masculinidad basada en el poder y la falta de empatía, evidenciando la desigualdad de
género en las relaciones afectivas y sociales. Como apoyo teórico, se utilizan las obras y
estudios de Carla Akotirene (2019), Gerda Lerner (1990), Antonio Candido (2006), entre
otros. De este modo, el estudio muestra cómo las autoras emplean la interseccionalidad de
género, clase y etnia para cuestionar las concepciones tradicionales de la masculinidad y
proponer nuevas perspectivas sobre las relaciones de poder.
Este artigo passou por
avaliação por pares cega e
software anti-plágio.
Palabras clave: Cuento; Josefina Pla; Ángeles Mastretta; Interseccionalidad; Masculinidad.
LICENÇA ATRIBUIÇÃO NÃO
COMERCIAL 4.0 INTERNACIONAL
CREATIVE COMMONS – CC BY-NC