REVISTA COLETIVO CINE-FÓRUM
RECOCINE | v. 3 - n. 1 | jan-abr | 2025 | ISSN: 2966-0513
Carta ao Leitor
Prezado Leitor,
É com grande satisfação que apresentamos a primeira edição de 2025 da Revista Coletivo Cine-
Fórum, trazendo artigos que exploram temas diversos e instigantes, unindo literatura, teoria crítica,
estudos de gênero e cultura audiovisual.
No artigo RETOMADAS E ESPELHAMENTOS DE ALGUNS ELEMENTOS DO CONTO “O
COBRADOR”, Ana Paula Almeida Mendes e Altamir Botoso analisam as relações intertextuais entre o
conto de Rubem Fonseca e o romance de Patrícia Melo, destacando a técnica da mise en abyme como
elemento central para compreender o diálogo entre as obras. O estudo revela como a violência urbana e
as personagens são ressignificadas, ampliando as possibilidades interpretativas da literatura
contemporânea.
Em CULTURA E COMUNICAÇÃO EM HORKHEIMER, Victor Finkler Lachowski revisita as
contribuições de Max Horkheimer, articulando-as com o pensamento de Marx e Engels para discutir a
cultura e os meios de comunicação no capitalismo tardio. O artigo destaca a crítica à Indústria Cultural
e sua função ideológica, oferecendo reflexões urgentes sobre como a mídia reproduz estruturas de
dominação.
Já MASCULINIDADES EM TENSÃO: DESAFIOS E RUPTURAS NOS CONTOS LA VITROLA
E VER PARA CRER, de Betania Vasconcelos da Cruz e Maria Elisa Rodrigues Moreira, examina as
construções de gênero em narrativas de Josefina Plá e Ángeles Mastretta. Os contos revelam
masculinidades que desafiam normas tradicionais, abordando questões como racismo, etarismo e
desigualdade de gênero, enquanto propõem novas perspectivas sobre afeto e poder.
Na sequência, os artigos DO CINEMA AOS QUADRINHOS, A SIMBOLOGIA DA ÁGUA e
RACISMO E MISOGINIA NA COMUNIDADE COSPLAY ampliam o escopo temático da edição ao
abordarem, respectivamente, os atravessamentos transmidiáticos do horror brasileiro, os símbolos
medievais de purificação e salvação, e os impactos da interseccionalidade nos espaços da cultura pop.
A complexidade da figura monstruosa em Cipriano, a água como mediação entre o humano e o divino
nas Cantigas de Santa Maria, e as tensões de raça e gênero no universo cosplay revelam como as