DO CINEMA AOS QUADRINHOS
A COMPLEXIDADE DA FIGURA MONSTRUOSA NO PERSONAGEM CIPRIANO
DOI:
https://doi.org/10.63418/rccf.v3i1.74Resumo
O artigo se propõe a discutir a complexidade da figura monstruosa a partir do personagem Cipriano, fruto do universo fantástico do diretor brasileiro Rodrigo Aragão. Assim, debruça-se sobre dois artefatos culturais: o filme O Cemitério das Almas Perdidas (2020), dirigido por Rodrigo Aragão, e a história em quadrinhos O Livro Maldito de Cipriano, escrita e desenhada por Eduardo Cardenas, com o objetivo de analisar como o personagem Cipriano se apresenta em cada um deles. Dessa forma, tem-se uma análise transmídia. Nesse sentido, considera-se as particularidades que cada um desses artefatos culturais pode apresentar, embora a análise esteja centrada em um mesmo personagem, pertencente a um mesmo universo. Para os fins propostos, considerando as complexidades e problemáticas que podem surgir a partir da análise de dois artefatos culturais distintos, parte-se do campo teórico dos Estudos Culturais, adotando a metodologia da etnografia de tela como norteadora, mas utilizando como aporte, respectivamente, o método comparativo e a análise cultural. Acredita-se que o artigo tem o potencial de apresentar a complexidade com que a figura monstruosa pode se manifestar em uma narrativa de horror, independentemente do artefato cultural. A partir da figura monstruosa do personagem Cipriano, nota-se a complexidade e as multifacetas do monstro, que se apresenta como uma figura intimamente relacionada com o contexto histórico e sociocultural em que está inserida. O personagem Cipriano, para além de evidenciar o potencial do horror brasileiro, contribui para problematizações valiosas a respeito de como lidamos com a diferença na sociedade e ao longo da história brasileira.
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